I - Na Gulbenkian: Amadeo de Souza-Cardoso “Diálogo de Vanguardas”
Muito concorrida, tal qual centro comercial nesta época natalícia, mas o propósito da azáfama é bastante mais nobre. Ter a honra de estar perante a obra de um dos mais grandiosos pintores portugueses, pela criatividade, genialidade da expressão e pela capacidade de produzir obras atrás de obras em pouco mais de 10 anos da sua vida profissional. A interrogação que todos fazem é: Se não tivesse morrido com 31 anos quão maior teria sido a sua Obra? Simplesmente fe-no-me-nal.
Na mesma exposição ainda temos a oportunidade de conhecer as afinidades e contrastes de outros grandes artistas seus contemporâneos como Modigliani, Brancusi, Gleizes, Malevitch, Sonia e Robert Delaunay ou Picasso (dizem que lá estava um quadro de Picasso, eu não vi L).
Pelo que pude apurar, a totalidade da exposição é composta por cerca de 260 obras das quais 190 são de Amadeo. Parte das obras pertencem à própria Gulbenkian, muitas provém de colecções privadas e as restantes da Bibliothèque National de France, Centro Pompidou, British Museum, National Gallery de Washington, Tate, MoMA, Guggenheim ou museus do Chiado, Arte Antiga e Amadeo de Souza-Cardoso, entre outros.
Não me parece necessário acrescentar nada mais para convencer os ainda-não-visitantes a marcarem o compromisso nas suas agendas. Até 14 de Janeiro na Fundação Calouste Gulbenkian.
II - Na Fundação Arpad Szenes-Vieira da Silva (no belíssimo Jardim das Amoreiras): Sónia Delaunay “Experimentação entre vanguardas e artes decorativas”
Quem percorre lentamente as paredes das salas com os quadros expostos (em molduras de particular bom gosto) tem a sensação de desfolhar um catálogo de amostras de tecidos. Estampagens, atrás de estampagens, umas muito diferentes das outras, nas quais as diferentes influências se denotam e equilibram em imagens de guache em papel e cartão harmoniosamente criadas por uma senhora de um bom gosto intemporal e alguma audácia à mistura.
Para quem não conhece nem nunca ouviu falar:
Sonia Delaunay (Ucrânia. 1885--Paris, 1979) casada com Robert Delaunay, pintor cubista. Passaram alguns anos das suas vidas em Portugal, mais propriamente em Vila do Conde onde fomentaram a sua amizade com Amadeo de Souza-Cardoso, Eduardo Viana e Almada Negreiros.
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