a miúda da porta do lado

terça-feira, fevereiro 26, 2008

Universe

Título: Universe/ Acrílico sobre tela
Propriedade de Ana Pinho
by DC & AH (My love & Me :))

domingo, fevereiro 24, 2008

My little pink flowers




A flor de cerejeira (cherry blossom) é a flor nacional do Japão onde detém um enorme significado. É um dos muitos símbolos utilizados nas tatuagens tradicionais japonesas.
São um símbolo de paz, felicidade e mudança, um convite para uma mudança interior onde o lado mais obscuro dos seres é abandonado em prol de uma visão e atitude benígna da vida. 
Por surgirem apenas por um período muito breve de tempo no ano, representam também tudo aquilo que é passageiro mas profundo, como a breviedade da vida.
Os Samurais adoptavam-na como insígnia pessoal indicando que podiam morrer em batalha no dia seguinte devendo fazer bom uso de cada momento da vida.

Agora são também o meu acessório premanente :) e espero que cada vez mais a sua simbologia se reflicta no meu estado de alma, na minha vida.

domingo, fevereiro 17, 2008

A missão de Al Gore, a nossa e a dos nossos descendentes




Ainda não tinha visto o tão falado e premiado documentário do Al Gore, vi-o ontem à noite e fiquei chocada.


A minha perplexia deve-se à consciência que ganhei sobre a rapidez do avanço dos problemas ambientais e sobretudo por ter tido a consciência de que há tantos anos que muitos dados científicos já são conhecidos por tanta gente, pelo menos pelas pessoas influentes na política e economia mundial, e que simplesmente cruzam os braços, fecham os olhos a uma verdade que nos pode destruir a todos. Preferem manter-se de bolsos cheios e muito confortáveis nas suas posições de poder, poder esse baseado em tecnologias e conhecimentos ultrapassados, felizmente cada vez mais frágeis, que fizeram sentido em tempos de ingénua ignorância do passado nos quais eram desconhecidas as consequências dos nossos actos.


Agora temos os factos, sentimos os factos em cada Inverno com menos chuva e menos frio, quando vimos uma andorinha em Janeiro, quando as nossas praias têm menos areia e mais mar, quando há secas no Inverno e cheias no Verão, quando vimos tantos desastres naturais no telejornal da noite, e através de tantos outros sintomas.


Vejam o documentário e recomendem aos vossos amigos, familiares e conhecidos, quantos mais soubermos a verdade mais podemos fazer para retroceder os efeitos negativos da poluição e abuso de energias esgotáveis.


Muitas empresas, principalmente devido ao protocolo de Kyoto, já começaram a tomar algumas medidas para diminuir as emissões de carbono (Viva a moda das políticas de Carbono Zero!!! moda ou não sempre se vai fazendo alguma coisa), entre outras medidas e também se dedicam à instrução dos seus clientes, por exemplo no site da BP (www.bp.com) existe um teste onde podemos calcular as emissões de carbono que fazemos e como podemos reduzi-las. No site www.climatecrisis.net existem também algumas sugestões que podemos implementar na nossa rotina diária.

sábado, fevereiro 02, 2008

O tempo dos super-heróis


Vivemos na era da polivalência (veja-se por exemplo a descrição das funções dos anúncios de emprego), na era da escassez do tempo, na era da diversidade de tarefas, de oferta e de oportunidades de consumo. Somos bombardeados por tudo e por todos com sugestões de algo para fazer durante o mesmo período de tempo que existia há cem anos atrás: os dias continuam e continuarão a ter 24 horas, as semanas 7 dias e os anos 365/366 dias.

O homem/ mulher dos nossos dias deve ter a pretensão de conseguir trabalhar 10 a 12 horas diárias; ir ao ginásio no mínimo 3 vezes por semana; ter uma apresentação impecável, cool, mas no entanto sofisticada; ir ao cinema pelo menos de 15 em 15 dias; ir ao teatro; fazer no mínimo uma viagem por ano; ir a exposições; ir para o interior ou para a costa litoral em alguns fins-de-semana do ano; fazer umas férias de Inverno na neve; fazer umas férias de praia no Verão; levar e ir buscar as crianças à escola; levar o carro à oficina; jantar em casa com a família; sair ao Sábado à noite com os amigos; ter um lugar cativo no seu clube de futebol de eleição; cozinhar; lavar a loiça; arrumar a casa; visitar os familiares; ir aos outdoors da empresa e às acções de formação; tirar um mestrado, uma pós-graduação, um MBA, e ainda uns cursos rápidos de expressão artística em horário pós-laboral; sem esquecer que somos "obrigados" à terrível tarefa de dormir as recomendadas 8 horas diárias. Em suma, os super-heróis não existem apenas nos livros de banda desenhada, existem sim, ou pretende-se que existam, dentro de cada homem/ mulher comum que vive no século XXI.

A lista de actividades com as quais somos confrontados pode ser verdadeiramente interminável e a verdade é que são raros os seres humanos que conseguem executar todas, de foro pessoal e profissional, e que no balanço final se sintam felizes, energéticos, criativos, produtivos, completos. O que sucede na realidade é que muitas das actividades que se tem a ambição de realizar ficam-se pelo campo do desejo em vez de passarem à prática, resultando em seres humanos frustrados, stressados, tristes, insatisfeitos e incompletos por não conseguirem responder a todas as exigências da sociedade e das vontades dos seus seres.

Acredito que um dos grandes desafios da humanidade para alcançarmos a qualidade de vida passa por encontrar o equilíbrio entre a vida pessoal e profissional. Pode assim afirmar-se que as pessoas e as empresas (principalmente a gestão de recursos humanos) têm um grande desafio entre mãos que se torna cada vez mais premente alcançar formas de resolução. Problema este em que todos são culpados e lesados simultaneamente pela sua existência. A culpa não reside apenas em cada um de nós mas essencialmente diria que reside na conjuntura social e económica que nos envolve. É talvez o preço a pagar pela evolução, pelos níveis elevados de conhecimento e inteligência que o ser humano conseguiu alcançar, pela sede de saber, de ter e de crescer que o ser humano tem e que continuará a ter sempre.